Grandes Navegações 1
Vários fatores contribuíram para
as Grandes Navegações.
O déficit em relação ao comércio
com o Oriente
O ocidente conseguia do Oriente
açúcar, ouro, porcelanas, pedras preciosas,
condimentos (pimenta, cravo), drogas medicinais (bálsamos, ungüentos), perfumes
e óleos aromáticos.
Essas mercadorias eram recolhidas
no Oriente pelos árabes e trazidas por caravanas até as cidades italianas que
serviam de intermediárias para a venda dos produtos na Europa. As monarquias
nacionais européias precisavam quebrar esse monopólio e descobrir novos meios
de contato com o Oriente.
Aliança entre burguesia e os reis
Para realizar as grandes viagens
marítimas, era preciso navios, homens e armas. Esse tipo de empreendimento só
seria possível com o apoio do Estado e o capital da burguesia. Como os reis teriam uma
participação nos lucros, eles resolveram financiar a expansão marítima. Como conseqüência, os Estados Nacionais seriam fortalecidos facilitando
a submissão da sociedade aos reis.
Progresso técnico e cientifico
EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA
Portugal foi o primeiro país
europeu a se aventurar pelos mares e vários foram os fatores que contribuíram
para esse fato:
- Insuficiência
portuguesa em metais preciosos para a cunhagem da moeda
- Falta
de produtos agrícolas e de mão-de-obra
- Desejo
de expandir a fé cristã
- Necessidade
de novos mercados
Outros fatores como: posição
geográfica favorável, conhecimentos náuticos, criação precoce de um estado
nacional, ajudaram Portugal a ser o primeiro país a se lançar nas Grandes
Navegações
A conquista de Ceuta foi o marco
inicial da expansão ultramarina portuguesa.
A aventura portuguesa recebeu o
nome de “Périplo Africano”, pois alcançou as Índias contornando a África no
decorrer do século XV.
À medida que descobriam novas
regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns homens encarregados de
negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam adquirir somente
lucros.
CRONOLOGIA
- Segunda
década do século XV as ilhas do Atlântico (Açores, Madeira e Cabo Verde) foram ocupadas
- 1434
– os portugueses chegaram ao Cabo Bojador
- 1460
– nesse ano, já se realizava um lucrativo comércio de escravos (de Senegal
até Serra Leoa)
- 1462
– Pedro Sintra descobriu o ouro da Guiné
- 1481
– decretado o monopólio régio (exclusividade da coroa) sobre a exploração
colonial
- 1488
- Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança
- Entre
1497 e 1498 – Vasco da Gama chegou a Calicute, nas Índias dando por
encerrada a aventura marítima portuguesa.
EXPANSÃO ULTRAMARINA ESPANHOLA
Somente após 1 século de atraso
em comparação a Portugal é que os espanhóis começaram a sua participação nas
Grandes Navegações.
CRONOLOGIA
1492 – Colombo descobre a América
1504 – Américo Vespúcio afirmou
que as terras descobertas por Colombo eram um novo continente.
1513 – Nunes Balboa confirmou
essa hipótese, atravessando por terra a América Central chegando ao Oceano Pacífico.
Em homenagem a Vespúcio, deu o nome de América ao novo continente.
Entre 1519 e 1522 - Fernão de
Magalhães iniciou a primeira viagem de circunavegação.
Outros países também se
aventuraram pelos mares:
FRANÇA: Começou sua expansão
ultramarina a partir de 1520. Os franceses exploraram a costa brasileira,
saquearam o pau-brasil e tentaram, sem êxito, se estabelecer no Rio de Janeiro
e no Maranhão. Também tomaram posse do Canadá e da Luisiana (sul dos EUA).
INGLATERRA: Por causa da Guerra das Duas
Rosas (1455 – 1485) a Inglaterra também começou tarde sua aventura pelos mares.
HOLANDA: Os holandeses estabeleceram-se
na Guiana, e em algumas ilhas do Caribe e na América do Norte onde fundaram
Nova Amsterdã, que depois foi chamada de Nova Iorque. Promoveram, também, o
tráfico de escravos negros.
CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES
NAVEGAÇÕES
- Sistema
colonial português
- Dominação
das civilizações asteca e inca pelos espanhóis
- Descoberta
das minas de prata de Potosi (consideradas as
maiores do mundo)
- Ampliação
do comércio mundial
- Afluxo
de metais preciosos
- Preparação
das revoluções Comercial e Industrial.
As grandes navegações 2
Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna.
Grande parte dos europeus conhecia apenas o Extremo oriente por meio de relatos; como o do viajante veneziano Marco Pólo, que partiu de sua cidade em 1271, acompanhando seu pai e seu tio em uma viagem àquela região.
A América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus.
Mesmo as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas eram imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos.
Durante os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente portugueses e espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo oceano Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à chamada Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos.
As primeiras rotas das grandes navegações
No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época.
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos: A Escola de Sagres.
Curiosidades:
Na época das grandes navegações a Europa estava em transição da idade media para idade media para idade moderna.
Fonte texto 1:
http://www.google.com.br/
Fonte texto 2:
http://www.google.com.br
Fonte video:
https://www.youtube.com/watch?v=6u1L4V7zDps
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